Fertilizantes: conheça os tipos e a função do insumo nos cultivos

Os fertilizantes desempenham um papel fundamental na agricultura. Eles são uma peça importante para o crescimento saudável das plantas e a obtenção de colheitas abundantes. O objetivo deles é nutrir o solo e as plantas para que elas cresçam de maneira saudável. Isso implica na saúde das pessoas, que compram os alimentos. Além disso, também impacta na alimentação dos animais e na produção pecuária.

O Brasil é responsável por 8% do consumo global de fertilizantes. Isso nos garante o quarto lugar no ranking mundial, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. Por isso, entender o papel e o impacto do insumo faz toda a diferença.

Neste artigo, entenderemos quais são os diferentes tipos de fertilizantes disponíveis. Também vamos compreender a sua importância nos cultivos agrícolas. Por fim, iremos nos aprofundar em como escolher cada tipo levando em conta a sustentabilidade. Continue a leitura e saiba mais.

Tipos de fertilizantes

Os fertilizantes são usados com objetivo de fornecer nutrientes para o melhor crescimento das plantas. Em geral, são substâncias naturais ou sintéticas que são aplicadas no solo, nas folhas ou a lanço.

Cerca de metade dos alimentos que consumimos são produzidos graças ao uso dos fertilizantes.

Eles oferecem diversos tipos de nutrientes para que os alimentos cresçam de maneira saudável. Entre os nutrientes fornecidos estão:

Macronutrientes: como nitrogênio, fósforo e potássio;

Micronutrientes: como ferro, zinco e manganês.

No Brasil, os nutrientes mais aplicados nas plantações são o potássio (38%), o fósforo (33%) e o nitrogênio (29%).

Fertilizantes orgânicos

Os fertilizantes orgânicos são criados a partir de fontes naturais. Eles surgem de materiais orgânicos e podem passar por um processo de enriquecimento de minerais.

A matéria-prima orgânica pode vir de origem vegetal ou animal. Por serem orgânicos, além de fornecerem nutrientes, eles melhoram a estrutura e a fertilidade do solo. 

Alguns exemplos de fertilizantes orgânicos incluem:

• Esterco de gado, aves e outros animais;
• Composto de resíduos vegetais;
• Torta de mamona, algodão e outras oleaginosas;
• Farinha de ossos;
• Húmus de minhoca.

Dentro dos fertilizantes orgânicos também temos o biofertilizante. Também conhecido como chorume orgânico ou adubo líquido, ele é gerado através da compostagem ou da biodigestão. 

Esse tipo de fertilizante tem a vantagem de liberar os nutrientes de forma gradual. Dessa forma, reduz o risco de lixiviação e contribuem para a sustentabilidade do sistema agrícola.

Fertilizantes químicos

Já os químicos são bastante comuns e usados de maneira ampla na agricultura. Eles são produzidos industrialmente a partir de fontes inorgânicas. 

Vendidos como pó ou líquido, eles possuem a combinação de nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio.

Eles são populares pela fácil aplicação e alta carga de nutrientes. Assim, o solo absorve de maneira rápida os compostos necessários.

Apesar dessa vantagem, os fertilizantes químicos não fazem bem ao meio ambiente. Por conta dos processos necessários para criá-los, eles podem acabar se tornando prejudiciais.

Ou seja, o alto uso de fertilizantes químicos não é uma boa prática para promover a agricultura sustentável.

Fertilizantes minerais

A matéria-prima dos fertilizantes minerais são as rochas e os minerais. Eles fornecem nutrientes específicos, como cálcio, magnésio, enxofre e nitrogênio.

Os fertilizantes minerais podem carregar nutrientes similares aos dos fertilizantes químicos. Entretanto, o seu processo de produção nem sempre precisa passar pelos mesmos tipos de tratamentos químicos.

Os fertilizantes minerais são divididos em algumas categorias. Eles podem ser:

• Nitrogenados;
• Fosfatados;
• Potássicos;
• Mistos;
• Complexos.

Além disso, eles também se diferenciam na velocidade de liberação dos nutrientes. Alguns fertilizantes minerais são de liberação gradual. Assim, os nutrientes chegam até o solo por um tempo maior e ajudam a manter a fertilidade.

Importância dos fertilizantes

Os fertilizantes são parte fundamental na manutenção da segurança alimentar.

Eles mantêm o solo adequado e garantem o crescimento das plantas. Isso significa que o alimento chegará até as mesa das pessoas com qualidade.

Com a quantidade adequada de nutrientes, as plantas conseguem atingir seu potencial máximo de crescimento. Isso se traduz em colheitas mais abundantes e de melhor qualidade. Ou seja, isso também se reverte como renda para os agricultores.

As plantas também se tornam mais resilientes. Doenças, pragas e estresses ambientais podem trazer prejuízos às plantações. Com os fertilizantes, as plantas conseguem resistir melhor a esses problemas. 

Tudo isso contribui para a obtenção de cultivos mais saudáveis. Assim, a necessidade de aplicação de agroquímicos diminui.Entretanto, para que esses benefícios sejam realmente efetivos, é preciso usa-los de maneira adequada.

Utilizar fertilizantes demais ou aplicá-los fora de hora pode causar um desequilíbrio. Por isso, é preciso pensar nos impactos ambientais gerados a partir da aplicação. Além disso, também faz toda a diferença entender as necessidades reais do solo.

Através de ferramentas como a análise de solo é possível descobrir quais são os nutrientes necessários.

Com os cuidados adequados, é possível alcançar um bom uso dos fertilizantes.

Como escolher fertilizantes com responsabilidade

Com informação, é mais fácil definir o tipo de fertilizante correto.

Quando levamos em conta a sustentabilidade, os fertilizantes orgânicos são os melhores para o meio ambiente. Feitos com matéria orgânica e sem passar por processos químicos, fortalecem as plantas e o solo.

Na Bioo, geramos biofertilizantes através da biodigestão anaeróbica. Esse é um processo biológico no qual microorganismos decompõem matéria orgânica em um ambiente sem oxigênio, resultando em biogás e digestado.

Além de escolher entre os tipos de fertilizante, saiba quais são as características corretas de aplicação. Atente-se para onde o fertilizante deve ser aplicado e utilize da maneira correta.

Por fim, entenda que os fertilizantes podem não ser a única solução para as necessidades da plantação. Outras medidas podem ser necessárias para tornar o solo saudável. 

Com a percepção e análise de cada caso é possível evitar o uso excessivo de fertilizantes. Dessa forma, tanto a lavoura quanto o meio ambiente permanecerão em equilíbrio.
Se você gostou do texto e quer saber mais sobre como produzimos biofertilizantes, leia: Biodigestão anaeróbia: uma solução sustentável para resíduos orgânicos.