
Como as empresas podem ajudar a reduzir a emissão de gases do efeito estufa?
7 de setembro de 2023A classificação de resíduos sólidos no Brasil é regulamentada principalmente pela norma ABNT NBR 10004. Mas, sua origem está vinculada a um conjunto de legislações que evoluíram ao longo das últimas décadas, especialmente com a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).
A PNRS, como a Lei nº 12.305/2010 costuma ser chamada, é um grande marco na gestão ambiental brasileira. Foi essa lei que estabeleceu diretrizes claras para a gestão e destinação adequada dos resíduos, priorizando a redução, reutilização e reciclagem.
Classificar corretamente os resíduos gerados é importante para o cumprimento da legislação ambiental, mas principalmente para mitigar riscos à saúde humana, reduzir impactos ao meio ambiente e garantir o bom funcionamento das cadeias de logística reversa.
As empresas que não seguem os critérios técnicos de classificação de resíduos estão sujeitas a multas, sanções administrativas e até interdições. Além das consequências legais, há ainda o risco de danos à reputação institucional, especialmente em um cenário em que práticas sustentáveis e alinhadas à agenda ESG são cada vez mais exigidas pelo mercado.
Para além da conformidade técnica, classificar corretamente os resíduos é uma prática que fortalece o posicionamento estratégico da empresa, conectando-se diretamente ao licenciamento ambiental, às metas da PNRS e aos compromissos com a agenda ESG.
Por que a classificação de resíduos é estratégica para a agenda ESG e o licenciamento ambiental
A classificação correta de resíduos é um requisito básico para o licenciamento ambiental, já que define o tipo de manejo e a destinação exigida para cada resíduo gerado. Sem essa etapa bem feita, não é possível comprovar conformidade com as normas ambientais ou garantir que o descarte está sendo feito de forma segura e responsável.
No contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), classificar resíduos também permite que as empresas se integrem a práticas como logística reversa, redução na fonte e destinação adequada, contribuindo com metas de sustentabilidade exigidas pela legislação.
Além da exigência legal, a classificação é uma ação concreta que reforça o compromisso com a agenda ESG, especialmente no eixo ambiental. Ela também se conecta com o pilar de governança, ao demonstrar controle sobre os processos internos e transparência frente a órgãos reguladores, investidores e consumidores.
Empresas que se alinham à agenda ESG, que inclui o bem-estar como valor central, também devem considerar que a gestão inadequada de resíduos pode gerar impactos diretos na saúde de trabalhadores, comunidades e no ambiente ao redor. Por isso, classificar é também cuidar de pessoas e territórios.
Por que a classificação de resíduos é estratégica para a agenda ESG e o licenciamento ambiental
A classificação correta de resíduos é um requisito básico para o licenciamento ambiental, já que define o tipo de manejo e a destinação exigida para cada resíduo gerado. Sem essa etapa bem feita, não é possível comprovar conformidade com as normas ambientais ou garantir que o descarte está sendo feito de forma segura e responsável.
No contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), classificar resíduos também permite que as empresas se integrem a práticas como logística reversa, redução na fonte e destinação adequada, contribuindo com metas de sustentabilidade exigidas pela legislação.
Leia também: Como a destinação correta do lixo Industrial contribui para o consumo e produção sustentáveis
Além da exigência legal, a classificação é uma ação concreta que reforça o compromisso com a agenda ESG, especialmente no eixo ambiental. Ela também se conecta com o pilar de governança, ao demonstrar controle sobre os processos internos e transparência frente a órgãos reguladores, investidores e consumidores.
Além disso, muitas empresas consideram que a gestão inadequada de resíduos pode gerar impactos diretos na saúde de trabalhadores, comunidades e no ambiente ao redor. Por isso, classificar é também cuidar de pessoas e territórios.
Tipos de resíduos: classificação por origem e periculosidade
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e com a ABNT NBR 10004, os resíduos sólidos são classificados a partir de dois critérios principais: a origem e a periculosidade. Essa distinção é fundamental para definir as formas corretas de manuseio, transporte, armazenamento e destinação final.
Classificação de resíduos quanto à origem
A classificação por origem considera a atividade que deu origem ao resíduo. Esse critério é fundamental para planejar o tipo de coleta, armazenamento temporário, transporte e tratamento adequado. Veja abaixo alguns exemplos:
- resíduos domiciliares
- resíduos de limpeza urbana
- resíduos sólidos urbanos
- resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços
- resíduos dos serviços públicos de saneamento básico
- resíduos industriais
- resíduos de serviços de saúde
- resíduos da construção civil
- resíduos agrossilvopastoris
- resíduos de serviços de transportes:
- resíduos de mineração
Cada setor produtivo tem características específicas que impactam diretamente na forma como os resíduos devem ser gerenciados.
Classificação de resíduos quanto à periculosidade
Já quanto à periculosidade, os resíduos são divididos em duas grandes categorias: perigosos e não perigosos. Essa classificação é essencial para definir o destino adequado e garantir que o resíduo não cause danos ao meio ambiente ou à saúde humana.
Além disso, é ela quem determina se será necessário algum tipo de tratamento prévio antes do descarte final. A seguir, apresentamos um resumo das classes e subcategorias previstas na NBR 10004:
Resíduos Classe I – Perigosos
Resíduos perigosos são aqueles que apresentam risco à saúde humana ou ao meio ambiente. Eles são caracterizados por apresentarem uma ou mais das seguintes propriedades:
- Inflamabilidade: capacidade de se incendiar espontaneamente ou por ação de uma fonte externa de calor.
- Reatividade: capacidade de reagir de forma violenta com outras substâncias ou com o meio ambiente.
- Toxicidade: capacidade de causar danos à saúde humana ou ao meio ambiente.
- Patogenicidade: capacidade de causar doenças.
- Corrosividade: capacidade de causar danos aos materiais.
Exemplos de resíduos perigosos classe I: óleos contaminados, lodos industriais, resíduos hospitalares, embalagens de agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes e eletrônicos com metais pesados.
Resíduos Classe II – Não Perigosos
Resíduos não perigosos são aqueles que não apresentam risco à saúde humana ou ao meio ambiente. Eles são divididos em duas subclasses:
Resíduos não perigosos classe II A – Não inertes
São biodegradáveis, combustíveis ou solúveis em água. Mesmo sem serem perigosos, podem demandar cuidados específicos de destinação.
Exemplos de resíduos não perigosos classe II A: restos de alimentos, papel, tecidos, madeira, resíduos de jardinagem, borras de café, resíduos de limpeza urbana.
Resíduos não perigosos classe II B – Inertes
Não sofrem transformação física, química ou biológica significativa quando em contato com água ou agentes naturais.
Exemplos de resíduos não perigosos classe II B: entulhos de obras, concreto, tijolos, cerâmica, vidros não contaminados, areia e pedras.
Qual o passo a passo para fazer a classificação de resíduos?
A classificação de resíduos deve ser feita por profissionais qualificados, com base nas características físicas, químicas e biológicas do material. Esse processo é essencial para garantir que cada tipo tenha o tratamento de resíduos e a destinação adequados, conforme determina a legislação ambiental.
Etapas da classificação e destinação de resíduos
Caracterização
Antes da classificação, é necessário identificar as propriedades do resíduo. Isso pode ser feito por meio de análises laboratoriais ou por técnicas não destrutivas, como inspeção visual, medição de características físicas (cor, odor, viscosidade) e análise de documentos técnicos, como a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) e laudos de processo.
Classificação
Com base nos dados obtidos na caracterização, o resíduo é classificado de acordo com sua origem (atividade que o gerou) e periculosidade (risco ambiental ou à saúde), seguindo os critérios definidos na ABNT NBR 10004 e na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Destinação de resíduos
A destinação correta dos resíduos é essencial para proteger a saúde humana e o meio ambiente. A destinação deve ser adequada à classe do resíduo, de acordo com as seguintes possibilidades:
- Resíduos perigosos (Classe I): devem ser encaminhados para instalações licenciadas de tratamento, coprocessamento, incineração ou aterros industriais especializados.
- Resíduos não perigosos – não inertes (Classe II A): podem ser destinados à compostagem, biodigestão, reciclagem ou coprocessamento, desde que de forma ambientalmente segura.
- Resíduos não perigosos – inertes (Classe II B): quando não recicláveis, devem ser enviados a aterros sanitários específicos ou outras formas adequadas de disposição final.
Por que classificar resíduos é essencial para uma gestão eficiente e sustentável
A classificação de resíduos sólidos é uma etapa estratégica para garantir uma gestão com responsabilidade ambiental, economicamente eficiente e socialmente comprometida. Ela oferece benefícios concretos para empresas, comunidades e para o planeta:
Garante a destinação correta dos resíduos
A classificação permite identificar as características de cada resíduo e direcioná-lo ao tratamento e destinação mais adequados, evitando riscos ambientais e atendendo às exigências legais.
Evita a contaminação do meio ambiente
Quando mal classificados, os resíduos podem ser descartados de forma inadequada, contaminando o solo, os recursos hídricos e afetando a biodiversidade e a saúde humana.
Reduz os custos da gestão de resíduos
Com a separação adequada, é possível otimizar o processo de coleta, reduzir a necessidade de tratamento especializado e ampliar o reaproveitamento de materiais — o que gera economia no curto e longo prazo.
Impulsiona a economia circular
A correta classificação facilita o reaproveitamento de materiais recicláveis e orgânicos. Isso reduz a extração de matéria-prima virgem, diminui a geração de rejeitos e contribui para cadeias produtivas mais sustentáveis.
Garante conformidade com normas e legislação
Seguir os critérios estabelecidos pela ABNT NBR 10004 e pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) evita sanções legais e assegura a conformidade da empresa junto a órgãos reguladores e clientes.
Reflete responsabilidade socioambiental
Empresas que adotam práticas adequadas de classificação e destinação demonstram compromisso com o meio ambiente, com a saúde das comunidades do entorno e com a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável.
Contribui para a educação ambiental
A prática consistente de classificação também educa colaboradores, fornecedores e consumidores sobre a importância da gestão correta de resíduos, promovendo uma cultura organizacional mais consciente e engajada com o meio ambiente.
Quais os desafios e caminhos para o futuro da gestão de resíduos?
Apesar das diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos e pela ABNT NBR 10004, ainda existem desafios importantes para a implementação eficaz da classificação e destinação de resíduos em todo o Brasil. Entre os principais obstáculos estão a falta de infraestrutura adequada, a baixa adesão a tecnologias de tratamento e a ausência de conscientização ambiental em alguns setores e regiões.
Por isso, é fundamental que empresas assumam seu papel como geradoras responsáveis e busquem soluções técnicas seguras, eficazes e alinhadas à sustentabilidade do negócio. A escolha de parceiros confiáveis para a caracterização, classificação e destinação de resíduos é essencial para garantir o atendimento às normas, reduzir riscos, melhorar os indicadores ambientais e fortalecer a reputação da empresa.
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